"Eu não tenho muitas respostas.
O que eu tenho é Fé.
E uma vontade bonita, toda minha, de crescer."

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

De:eu / Para:eu mesma

  “Ô minha filha, as suas dores não são as maiores do mundo e nem vão ser. Sacode a poeira. Toma um banho de rio. Abre essas asas. Grita alto, chora baixo. Pula alto e cai de cara. Desenha toda a beleza do mundo. Compra uma caixa de lápis de cor e sai aí colorindo a vida.”


Seria simples, não fosse tão difícil. De vez em quando a vida é cruel. Um sentimento verdadeiro, meu Deus! Era apenas isso o que buscava. Um amor verdadeiro, uma amizade leal, alguém que eu pudesse ter a certeza de que estaria aqui. Sempre. Mas o mecanismo do infinito é tão efêmero. 1 dia, 1 mês, 1 ano... E por que não uma vida? E por que não a eternidade?
Mas apenas dois meses duraram as promessas de felicidade verdadeira.
Eu nunca quis muito. Eu nunca exigi nada. Mas eu sonhava com o inteiro, o completo, com sentimentos dados sem reservas, sem medir entregas. Eu desejei uma amizade para a vida inteira, outra parte de mim. Eu quis um amor sincero, sem urgências, sem pressas, sem ‘precisar’ ser agora, mas que concretamente existisse.
Tive-os e perdi? Tive-os e parti? Não! Que tempestade, Deus meu! Que vale sombrio! Às vezes a vida faz tudo do jeito certo, de repente ela vira tudo do avesso. Cria circunstâncias que são presentes, tempos depois arranca tudo que foi construído, ou imagina-se ter.
Só. Assim como a criança que ao nascer tem seu cordão umbilical rompido. Só para atar novos laços ou só para aprender que no fim é apenas isso. Só.
E nada mais.

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